No livro “A Parte que Me Falta” de Shel Silverstein, acompanhamos um círculo incompleto que está em busca da parte que lhe falta.
Ele encontra vários pedaços para tentar preencher seu vazio, mas sempre há algum problema: ou a parte é pequena demais, grande demais, ou é do tamanho certo, mas de um formato que não encaixa, ou um formato que o machuca etc.
Essa história, não por acaso, em muito se assemelha a nossa busca por um relacionamento amoroso.
É fácil nos deixarmos levar por um romantismo de uma “alma-gêmea” que nos completa. E o que nós inevitavelmente descobrimos, assim como o círculo da história, é que não existe encaixe perfeito. E tudo bem! E mais ainda, não existe uma “parte que falta” em nós para ser preenchida por outro.
É pedir demais do outro que preencha nossos vazios! E ainda mais que o outro exija que você o torne inteiro.
Nós somos seres faltantes, sempre em busca de algo ou alguém que nos complete. A grande questão é em como lidamos com essa falta que está sempre lá. É importante reconhecer isso para estar feliz e em paz seja lá em que situação você se encontre, esteja você em um relacionamento, em busca de um ou simplesmente satisfeito em estar só!
Claro, nada é tão fácil assim! Se reconhecer esse indivíduo particular, seja lá em qual situação amorosa se encontre, pode ser desafiador. E estar feliz com isso, também! Nesse sentido, a Psicoterapia pode ser uma grande aliada no entendimento dessas relações de amor e dessa parte que nos falta.