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Foto do escritorIngryd Dias

Você possui dificuldades em se relacionar com seus pais?

Você conhece a parábola do porco-espinho?


Trata-se de uma metáfora criada pelo filósofo Schopenhauer, onde os porcos-espinhos, para se protegerem do frio do inverno, precisam se aproximar um dos outros em busca de calor. Naturalmente, eles se ferem mutuamente devido aos espinhos e se afastam para evitar a dor, mas, com a ameaça de morte do frio causado pelo isolamento, eles voltam a se aproximar e a se ferir novamente.


Assim também são as relações humanas, onde precisamos de pessoas próximas de nós, de nossos corações, por mais que isso possa gerar algum nível de angústia, faça doer. E quanto maior a proximidade, maior a potencial de dor.


Agora, você consegue pensar em uma relação humana mais próxima que a que temos com nossos pais?


A proximidade normalmente natural que temos com nossos pais parece paradoxal muitas vezes. Apesar do amor que se tem por eles, é acompanhado de frustração, apesar da saudade, existe o desejo de alguma distância, e por aí vai.


Esses conflitos geracionais sobre como cada um deveria levar a sua vida, o que é ou não é um valor a ser buscado, são muito comuns. Inclusive, é bom entender que para nossos pais, ou tutores, chegar ao entendimento que aquele fruto que durante tanto tempo era uma extensão deles se tornou um indivíduo à parte, são seres desejantes com vontades e vidas próprias, também deve doer.


Como lidar com essa relação tão básica e muitas vezes essencial em nossas vidas quando ela tem o potencial de provocar tanta dor? Não há uma resposta rápida e específica, afinal, nós não somos porcos-espinhos, somos bem mais complexos e não estamos limitados a duas escolhas. É necessário que cada um construa a sua própria resposta a partir da sua vivência, do seu contexto, do entendimento de como essas relações são construídas para que, assim, seja possível ressignificá-las. Contudo, a psicoterapia é um processo que te auxilia na construção dessas respostas.


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